Fábio Costa admite que entrosamento ideal ainda pode demorar um pouco


No empate em 0 a 0 com o Bragantino, no amistoso dessa sexta-feira, Fábio Costa foi o único atleta a jogar todos os 90 minutos. A intenção do técnico Vanderlei Luxemburgo foi claramente dar a ele ritmo de jogo. Bastante orgulhoso pela oportunidade, Fábio Costa acredita que poderá se firmar como titular da equipe rapidamente. Porém, quanto ao rendimento da equipe, o goleiro entende que o entrosamento ideal virá apenas com o tempo, e os resultados que a torcida tanto sonha ainda deverão levar alguns jogos para acontecer.

- Vai demorar um pouquinho até a gente conseguir organizar o time da forma que imagina. Até porque têm alguns jogadores que chegaram essa semana, outros que não estão 100% da sua condição física. Então, a gente sabe que o torcedor vai ter que ter um pouco de paciência, principalmente neste começo. Até que o time ganhe entrosamento vai demorar umas quatro ou cinco rodadas, mas o importante é que, mesmo neste momento, o clube some pontos.

O goleiro Fábio Costa chegou ao Atlético-MG para tentar solucionar um problema crônico do clube nos últimos anos. O torcedor atleticano aguarda ansiosamente por um goleiro que transmita confiança. Somente este ano, o clube já usou Carini, Aranha e Marcelo, e nenhum deles conseguiu se firmar.

Sobre o elenco que o Atlético-MG está montando para a continuação do Brasileirão e também para a disputa da Copa Sul-Americana, Fábio Costa é somente elogios.

- Não é só o treinador que é vencedor aqui no Atlético-MG. Os jogadores também são vencedores. Aqui têm pentacampeões do mundo, têm jogadores campeões em vários clubes. Então, a gente está com uma expectativa boa, mas tudo isso vai depender do entrosamento rápido dos jogadores, e a gente só vai ganhar isso com jogo.

Para facilitar este entrosamento tão sonhado, o Galo tem mais dois jogos-treino neste fim de semana, em Atibaia. Neste sábado, às 15h30m (de Brasília), enfrentará a Ponte Preta, e, no domingo, às 10h30m, o União Barbarense.

Luxemburgo afirma que não foi procurado para voltar à seleção

Pela primeira vez, o técnico do Atlético-MG, Vanderlei Luxemburgo, falou sobre a possibilidade de novamente assumir a direção técnica da seleção brasileira. Sem tocar no assunto desde a demissão de Dunga, o treinador alvinegro falou sobre a eventualidade de voltar ao cargo onde esteve entre 1998 e 2000. Porém, Luxemburgo foi um pouco evasivo.

- Não houve a proposta. Como vou responder isso, se ninguém me perguntou nada e se nada chegou a mim até agora? Não adianta falar sobre isso enquanto não chegar a proposta. Eu só digo que sou um profissional preparado para assumir a seleção brasileira. Mas não quero que o problema da CPI me acompanhe para sempre. Não quero que aconteça comigo o que aconteceu com o Barbosa, que carregou a falha de 1950 até o fim da vida. Que o presidente Ricardo Teixeira tenha a sensibilidade e escolha o melhor para o Brasil, e aí o Brasil vai caminhar para 2014 com boas possibilidades.

O treinador do Atlético-MG também disse que não sente mais uma vontade obsessiva de comandar o time brasileiro.

- Eu sou muito sossegado com respeito a isso. Eu tive um momento em minha vida profissional em que direcionei minha carreira para a seleção brasileira, porque achava que era um objetivo meu. Cheguei lá e estava num momento difícil, com algumas coisas criadas que não me pertencem. Carregar todo esse fardo que as pessoas colocam para cima de mim, de CPI, é uma coisa muito grande, é um peso muito grande.

Luxemburgo fez questão de falar sobre seus problemas com a justiça.

- Interromperam minha vida profissional. Eu tinha planejado disputar a Copa de 2002, mas me arrancaram da seleção brasileira. A minha vida seguiu. Hoje, minha situação está totalmente regularizada com o Fisco. Problemas de ordem de justiça são normais. É muito difícil uma pessoa física importante ou empresa de sucesso no Brasil não ter problema. Mas hoje está tudo normal na minha vida.

Mesmo evitando dizer que gostaria de voltar ao comando da seleção, Luxemburgo deixou as portas abertas para seu retorno, mesmo que nas entrelinhas.

- O Ricardo (Teixeira, presidente da CBF) tem que ter a sensibilidade, a clareza, daquilo que ele quer como presidente e daquilo que é importante para a seleção brasileira. O meu nome é um dos que as pessoas falam. Mas existem outros nomes, de grandes profissionais que podem chegar à seleção e desenvolver um projeto, um trabalho. Então, o Ricardo tem a competência e sabe o que está fazendo.