Luxemburgo afirma que não foi procurado para voltar à seleção

Pela primeira vez, o técnico do Atlético-MG, Vanderlei Luxemburgo, falou sobre a possibilidade de novamente assumir a direção técnica da seleção brasileira. Sem tocar no assunto desde a demissão de Dunga, o treinador alvinegro falou sobre a eventualidade de voltar ao cargo onde esteve entre 1998 e 2000. Porém, Luxemburgo foi um pouco evasivo.

- Não houve a proposta. Como vou responder isso, se ninguém me perguntou nada e se nada chegou a mim até agora? Não adianta falar sobre isso enquanto não chegar a proposta. Eu só digo que sou um profissional preparado para assumir a seleção brasileira. Mas não quero que o problema da CPI me acompanhe para sempre. Não quero que aconteça comigo o que aconteceu com o Barbosa, que carregou a falha de 1950 até o fim da vida. Que o presidente Ricardo Teixeira tenha a sensibilidade e escolha o melhor para o Brasil, e aí o Brasil vai caminhar para 2014 com boas possibilidades.

O treinador do Atlético-MG também disse que não sente mais uma vontade obsessiva de comandar o time brasileiro.

- Eu sou muito sossegado com respeito a isso. Eu tive um momento em minha vida profissional em que direcionei minha carreira para a seleção brasileira, porque achava que era um objetivo meu. Cheguei lá e estava num momento difícil, com algumas coisas criadas que não me pertencem. Carregar todo esse fardo que as pessoas colocam para cima de mim, de CPI, é uma coisa muito grande, é um peso muito grande.

Luxemburgo fez questão de falar sobre seus problemas com a justiça.

- Interromperam minha vida profissional. Eu tinha planejado disputar a Copa de 2002, mas me arrancaram da seleção brasileira. A minha vida seguiu. Hoje, minha situação está totalmente regularizada com o Fisco. Problemas de ordem de justiça são normais. É muito difícil uma pessoa física importante ou empresa de sucesso no Brasil não ter problema. Mas hoje está tudo normal na minha vida.

Mesmo evitando dizer que gostaria de voltar ao comando da seleção, Luxemburgo deixou as portas abertas para seu retorno, mesmo que nas entrelinhas.

- O Ricardo (Teixeira, presidente da CBF) tem que ter a sensibilidade, a clareza, daquilo que ele quer como presidente e daquilo que é importante para a seleção brasileira. O meu nome é um dos que as pessoas falam. Mas existem outros nomes, de grandes profissionais que podem chegar à seleção e desenvolver um projeto, um trabalho. Então, o Ricardo tem a competência e sabe o que está fazendo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário